quinta-feira, 8 de setembro de 2011



A gente cai, levanta. Esfrega o rosto com as mãos e enxuga as lágrimas. Respira fundo, fecha os olhos, acalma o coração. A gente continua. Guardas os medos em um baú velho. Descobre dentro de si uma coragem surreal. Bate nas pernas, e sente-as. Enche o peito de fé, força, esperança e coragem. Continuamos andando, continuamos trilhando, mesmo quando sentimos dores em partes do nosso corpo que nem sabíamos que existiam. Deixa as lágrimas para as noites frias, e para os cobertores. Enquanto estiver de pé, vai à luta. Enfrenta. De cara limpa, e coração aberto. Livre de qualquer tipo de prisão, com as correntes jogadas de lado, e pernas livres para caminhar. É tudo uma questão de acreditar. De olhar. Fitar sempre o horizonte, e acreditar nos dias ensolarados. Encher os pulmões de ar e seguir em frente. Não há como voltar atrás, mas sempre existirá a chance de um novo recomeço. Dessas chances a vida é cheia, e nos banha com elas. Somos nós que por vezes, cegos pelo medo de tentar mais uma vez, as deixamos passar junto com a brisa do outono. Então quando o mundo bater em sua porta, deixe-o entrar. Deixe que venham as dores, os medos, os anseios. Mas vêm também as alegrias, as doses de fé e força. Esta manhã cai e chorei. Chorei por ter lutado tanto e ter que enxergar todo o meu esforço indo caminho ao ralo. Mas levantei. Levantei, enxuguei as lágrimas e olhei para frente, para o novo começo. Recomeçar jamais será uma tarefa fácil, mas também não me dou ao luxo de desfrutar das desistências. Meus caminhos abrem-se a todo instante. Estradas novas, novas possibilidades. Caminho, luto, sinto e acredito. Da fé faço meu combustível, dos sonhos faço molde para os meus horizontes. Verás um dia que serei do mundo todo. Verás que depois de tamanhas quedas e tombos, depois de tantos joelhos ralados, conseguirei. Sei que posso, sei que sou capaz. A vida me vem com socos em meu estômago e eu lhe ofereço das minhas flores. Continuarei a colorir, e a tentar. Quando falhar lembrarei que fui ousada e corajosa o suficiente para arriscar. Vou sobrevivendo e em meios intervalos me entrego a vida. Vivo dos riscos, das novas chances. Vivo de um horizonte que se afasta cada vez mais enquanto caminho. E que se afaste cada vez mais, que torne-se inalcançável. Vou colhendo os frutos dos meus sonhos, andando nas nuvens. O mais importante é continuar a trilhar, continuar a acreditar. No final da jornada olharei para trás com olhos cheios de rugas. Dessas que me contarão como fui menina sonhadora, como acreditei. Os ventos confirmarão a veracidade da minha fé. Encontrei meu lugar entre as estradas desse mundo de gigantes.

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