quarta-feira, 13 de julho de 2011
Menina moça de pálpebras vermelhas e arranhadas. Sinal de tanto esfregar seus olhos procurando limpar os vestígios de uma dor funda que se expressava através do sabor salgado de suas lágrimas. Vivia a sentir, e não menosprezava seus sentimentos. Sento-me quieta pronta para lhe contar a história do coração da menina moça. Desde pequenina segue uma busca quase frustrante em querer compreender os raios do sol e a escuridão de uma noite sem estrelas. Na verdade o que lhe guia é a luz que vibra em seu corpo e desperta em seu coração uma fé incontestável. Nunca acreditou muito em verdades supremas, tampouco fora capaz de compreender e distinguir o certo do errado. Para ela, a vida era uma questão de coração, sem desprezar a racionalidade. Porém preste atenção lhe custou muito tempo até chegar a estas conclusões. Menina que enxerga alegria, e ao mesmo tempo não foge das lágrimas. Seu espírito vive em busca de um equilíbrio que certa vez ela conhecera em uma das páginas daqueles velhos livros. Felicidade para a menina moça é uma jornada. É algo mais parecido como o vento, que por vezes, permanece escasso. Mas hora ou outra volta a lhe despentear. A menina se contagia e vê graça em um sorriso desconhecido. Repara nos raios de sol que passam por entre as folhas da grande árvore e agora aquecem sua pele. É disso que a menina vive, e possui uma fome assustadora para a vida. Conhece de perto a tristeza, e não mente quando diz que esta não é assim, tão feia. Mas volta a lhe repetir que felicidade não é utopia, mas também não é uma busca insana. Felicidade é apenas um olhar que a faz compreender o quão bela é esta vida. Vem com uma bagagem cheia que por vezes, pesa em seus ombros. Conhece amores, dos mais diversos tipos. E preciso lhe contar sobre o brilho de seus olhos. Encontra-se entristecida com tamanha miséria encontrada do outro lado de sua porta. Mas o coração desta menina é regado antes de qualquer coisa de fé e esperança. Ela acredita, e acredita de olhos bem fechados e dedos cruzados, que o amanhã… Ah, este amanhã guarda surpresas para um mundo melhor.
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