segunda-feira, 18 de julho de 2011


Que tal falarmos sobre sentimentos? Complexo não acha? Ainda mais os meus. Uma mistura de dor, com aflição, tristeza, alegria, rancor, ódio, raiva, paixão, amor, desejo. Sou complicada, nem me entendo direito. Talvez, se eu procurasse um analista, quem acabaria precisando de terapia seria ele… Por isso não culpo a ninguém por não me entender ou não conseguir desvendar isso que escondo até de mim. É que tem muito sentimento sufocado na garganta, que dói guardado, mas dói menos do que nas mãos de quem não sabe valorizar e dói mais do que qualquer cicatriz na pele. Às vezes a dor aparece do nada, queima os pulmões e arde as veias. Outras a felicidade surge e consigo viver com um pouco mais paz. Só que, no restante, meus pensamentos e sentimentos continuam confusos e não entendo mais nada. Acredito que seja, na verdade, um problema meu em aceitar o que sinto de verdade e acabo tentando me convencer do contrário. É aquela eterna luta do cérebro com o coração. Porque apesar da razão ser perfeita em sua explicação, é impossível fazer um coração cheio de sentimentos aceitar que está errado em os possuir. Já me desfiz em cacos e me juntei tantas vezes, que já não sei como encaixar essas peças frágeis desse quebra-cabeças. 
Sabe o que me incomoda de verdade? Essa dúvida. A dúvida do que pode ser, das consequências das minhas decisões. A renúncia provida das escolhas. Porque a partir do momento que escolhemos o ‘sim’, renunciamos ao ‘não’. Nada me atormenta mais do que essa mania de ‘E se‘… Essa dúvida do que a direita me traria, se não tivesse optado por seguir pela esquerda. É uma dúvida com a qual lido todos os dias e que chega a causar dor e medo, muito medo. Eu tenho medo de me entregar e sofrer, mas também tenho medo de sofrer por não me entregar. Eu tenho medo de gritar e ser mal entendida, mas também tenho medo de que tirem conclusões do meu silêncio. E eu fico aqui, em uma paranóia total. Não sei se vou ou se fico. O que eu sei, é que aqui parada eu não quero ficar. Já não sei onde minha história começou a tomar esses rumos incertos, de estradas duvidosas e caminhos longos . Também não sei onde isso tudo vai dar, nem como vai acabar. Só sei que não é hoje, não é agora. É Eu sou assim!  Me perco, não me procuro, não me acho. Não gasto muitas horas tentando me entender. Vou vivendo, não por viver, mas do jeito que me convém, que acho justo e que me cabe. Não busco explicações, não busco alternativas. O que eu quero é o que me faz bem. Se não me faz bem, não quero. É simples, é justo. É justo comigo. Cansei de me importar mais com o que é melhor para os outros. Pode até parecer egoísmo, mas eu não vejo nada de errado em ser egoísta em um mundo em que todo mundo só sabe olhar para o próprio umbigo. Eu me preocupo com os outros, mas já não mais do que me preocupo comigo. Posso não dividir minhas dores, minhas preocupações, meus anseios, meus desesperos, mas eu sei o que me aflige e o que me faz bem. E eu mesma sei escolher o que eu quero e quem eu quero na minha vida...

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